VERA SOFIA MOTA
Há sempre um acorde que me escapa
(com a colaboração de Gustavo Sumpta)
29 de Fevereiro de 2008


Esta trata-se de uma peça de dança onde a música adquire o lugar de essencial guia e mote de toda a sua formulação, numa relação em que é a intimidade com esta e com o espaço que a permite que vem, a cada instante, definir a instabilidade dos corpos apresentados.
Nas palavras de Paul Valéry, «A dança é toda uma outra coisa. É sem dúvida um sistema de actos, mas sem fim em si mesmos. Não conduz a nada. E se persegue um qualquer objectivo, é um objectivo ideal, um estado de inebriamento, um fantasma de flor, um momento extremo, um sorriso que se forma finalmente no rosto de quem o solicitava ao espaço vazio.

Não se trata, pois, de efectuar uma operação finita, e cujo fim se situa algures no meio que nos circunda; mas sim de criar, e de manter exaltadamente, um certo estado, graças a um movimento periódico que pode ser executado no mesmo sítio; movimento que se desinteressa quase completamente da vista, mas que se excita e regula pelos ritmos auditivos.» (Oxford, 1939).
Penso que é mais ou menos isto o que, com pouco mais, se está aí a fazer.


Agradecimentos: Escola Superior de Dança, Isabel Duarte, João Fiadeiro.




















































---

VERA SOFIA MOTA
Biografia
Espinho, 1982

Estudou dança clássica e dança moderna entre 1994 e 2000 em Espinho.
Fez o Curso de Pesquisa e Criação Coreográfica de 2006 no Forum Dança de Lisboa.
Licenciou-se em Dança pela Escola
Superior de Dança de Lisboa.
Em 2007 criou “vai dar uma voltinha à sala” (Espaço Imerg
e, Porto).
Participou nas peças “I Put a Spell on You”
de Ana Borralho e João Galante, “Um Mergulho – Pensamento Poesia e Corpo em Acção” de Vera Mantero, “Fahrenheit” de Beatriz Cantinho e “Stand By” de Olga Roriz.
Frequenta o mestrado em Estética da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Vive e trabalha em Lisboa.


---

Rua do Bonjardim 235, 2º.
4000-124 Porto

correiodasala@gmail.com